A Internet das coisas é uma revolução tecnológica que expande
o que conhecemos como Internet atualmente. Ela conecta diversos objetos do
nosso cotidiano à internet, permitindo a comunicação entre pessoas e
dispositivos eletrônicos que se tornam cada vez mais inteligentes.
Inicialmente, a Internet foi criada como forma de trocar
informações rapidamente durante a Guerra, para melhor se preparar e/ou prevenir
ataques. Com o passar do tempo, mais pessoas foram tendo acesso a essa
tecnologia, o que, consequentemente, facilitou a realização de pesquisas e
estudos, agilizou o acesso a notícias atualizadas, e facilitou a interação
entre pessoas distantes.
Com a entrada das redes sociais e aplicativos em cena, as
pessoas sentiram que online elas poderiam ser o que quisessem, se sentiram mais
empoderadas e confiantes para expressarem suas opiniões, conhecer novas
pessoas, se divertir e entreter mesmo quando sozinhos, dentre muitas outras
coisas. Apesar da internet não existir fora da sociedade, ela ajudou a
redefinir o significado de viver em sociedade, criando novas necessidades e
modos de viver e influenciando na construção das individualidades, e a sua
rápida expansão é mostrada através de alguns números expressivos:
Segundo dados recentes da FGV-SP, maio/2017, hoje no Brasil
nós temos 198 milhões de smartphones em uso e a estimativa é que em outubro
deste ano esse número chegue a 208 milhões, pouco mais de 1 smartphone por
habitante uma vez que a estimativa da população brasileira para o mesmo período
é de 206 milhões. A previsão é que em 2019 tenhamos 239 milhões de smartphones
e 210 milhões de pessoas no Brasil.
Porém, assim como os novos aplicativos e dispositivos
desenvolvidos na Era da Internet das Coisas propiciam a aproximação de algumas
pessoas, eles também são pivô de rompimentos de relação, brigas e
distanciamento entre familiares e amigos.
Com a evolução das tecnologias, e as novidades que não param
de chegar, a Internet das Coisas se torna cada vez mais atrativa para as
pessoas, que passam cada vez mais tempo conectados. Segundo dados de 2014 da
Infobase Interativa, a média de permanência online em redes sociais do
brasileiro por visita é de 21,2 minutos, a média mensal de navegação é de 9,7
horas, e a média mensal é de 650 horas. Em
muitos casos, interage-se mais no mundo virtual que no real, esquecendo da
necessidade básica do ser humano de trocar experiências também face a face. A
facilidade de expressar opiniões também pode levar ao desrespeito e
desentendimento quando as pessoas não compartilham da mesma ideia. Sem contar
que as relações afetivas se tornaram facilmente descartáveis devido ao aumento
da “oferta” disponibilizada por aplicativos e redes sociais.
Nesse contexto, para que as relações humanas não entrem em
colapso, é necessário discernimento para entender que o mundo virtual tem uma
dinâmica diferente da vida real, muito do que está exposto na internet não
corresponde à realidade. Portanto, mesmo com toda a mediação tecnológica que a
Internet das Coisas nos proporciona, pode-se perceber que a interação virtual
não substitui a realidade das verdadeiras sensações humanas, apenas a
complementa. A interação presencial continua sendo essencial para a sociedade
atual.
Autora: Jéssica de Oliveira Carvalho Santos
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