Você fica irritado quando entra em sites de compras em busca de algum item e logo depois ao entrar em redes sociais, redes de notícias ou qualquer outro site o anúncio desse item aparece constantemente?
Você já parou para pensar que em quase todas lojas é necessário realização de cadastro com dados pessoais? Quantas redes sociais, aplicativos, sites você criou uma conta informando nome, telefone, email, cpf e muitos outros dados?
Bom acho que chega de fazer perguntas, vamos ao assunto principal. Indiscutivelmente que
hoje geramos quintilhões de dados por dia e, queiramos ou não, estamos sob
constante vigilância. Sabemos que nossas ações são monitoradas quando usamos
nossos cartões de crédito, quando usamos nossos celulares e smartphones, quando
fazemos buscas na Web ou quando acessamos um site. No Rio de Janeiro, por
exemplo, estima-se que exista cerca de 700 mil câmeras instaladas nas ruas,
prédios, condomínios, bancos, supermercados etc, que de alguma forma gravam
nosso dia a dia. O Facebook armazena, em média, cerca de 111 MB de informações
sobre seus usuários
Hoje em dia é muito difícil se pensar em privacidade, afinal jogando nosso nome no google já é possível coletar inúmeras informações, imagina as informações que não temos acesso, como as informações pessoais que as empresas armazenam sobre nós?
Para processar essas informações coletadas, as empresas utilizam do instrumento Big Data Analytics. Que nada mais é que o trabalho analítico e inteligente de grandes volumes de dados, estruturados ou não-estruturados, que são coletados, armazenados e interpretados por softwares de altíssimo desempenho. Trata-se do cruzamento de uma infinidade de dados do ambiente interno e externo, gerando uma espécie de “bússola gerencial” para tomadores de decisão. Tudo isso, é claro, em um tempo de processamento extremamente reduzido. Leia mais sobre Big Data
Bom a grande discussão é: nós não temos acesso a nenhum desses dados pessoais explorados pela empresa, não sabemos o quanto de nossa privacidade vem sendo explorada. Quer ver? Um alemão chamado Malte Spitz perguntou sua companhia de telefone quais informações ela possuía sobre ele, depois de muito trabalho ele reportou o que descobriu: Malte Spitz: Your phone company is watching
Provavelmente teremos que repensar como tratar dados e privacidade nos novos tempos do Big Data. O cientista Alex Pentland, do MIT, propõe o que ele chama de “New deal” de dados, que seriam garantias práticas de que os dados necessários dos produtos públicos estarão disponíveis, mas ao mesmo tempo não afetariam a privacidade. Para ele a chave é tratar os dados pessoais como um bem, onde as pessoas teriam seus direitos assegurados sobre seus próprios dados. Ou seja, independente de quem coletar os dados sobre você, eles lhe pertencerão e você poderá acessá-los quando quiser. Os captadores de dados agiriam como bancos, gerenciando os dados em nome de seus clientes, como os bancos fazem com seu dinheiro. É um ponto de vista bem instigante e creio que vale a pena ser estudado. A certeza que temos é que estamos vivenciando uma sociedade cada vez mais conduzida e gerenciada por dados e os conceitos de privacidade, fluídos com o tempo, começam a ser rediscutidos.
É de extrema importância que se estude e crie ferramentas que auxiliam no aumento da pouca privacidade que ainda nos reste. E você, conhece alguma?
Se você interessou pelo assunto sugiro que pesquise mais sobre o desenvolvimento e a utilização da Big Data e as ferramentas que estão sendo desenvolvidas para melhor utilização da mesma, de forma a preservar a sua privacidade.
Refêrencias sugeridas:
Privacidade em tempos de Big Data
Why can't you really anonymize your data
Há privacidade na era digital?
The New Deal on Data
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